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Foto do escritorPaulo Fabião

Análise da Paralimpiada, Por Um Jornalista com Deficiência

Fala povo! No meu texto de estreia, eu já estou aqui para reclamar das coisas, mas esse é meu jeito! Pra falar bem já existe a publicidade, os influencers e os puxa sacos.


Hoje começou as paraolimpíadas de Paris 2024 e alguns questionamentos tem que ser feitos: Você aceitaria um grande evento da comunidade LGBTQIAPN+ em um lugar homofóbico? Você aceitaria um evento para exaltação da negritude, em um lugar racista?



Então porque se normaliza a realização de um evento para/sobre Pessoas com Deficiência em um lugar capacitista?


Quando digo que Paris é um lugar capacitista, me refiro especialmente a falta de acessibilidade e estrutura da cidade para a locomoção e mobilidade das pessoas com deficiência, principalmente em vias públicas e acesso a transporte. Apenas 3% do metrô parisiense possui acessibilidade. E sim, um lugar inacessível é um lugar capacitista.


Outro questionamento a ser feito é porque mais uma vez a transmissão da paralímpiada, ficará restrita a Tv fechada (canais Sportv)? Nem a Globo, (que se limitará a flashes e um boletim ao final de cada dia), nem a Cazé tv (que tem se notabilizado por democratizar transmissões esportivas via YouTube), vão transmitir os jogos paralímpicos.


Mas o curioso é que tanto a Globo quanto a Cazé tv, tentaram mostrar uma ideia de pseudo inclusão durante as olimpíadas. A Globo colocando Fernando Fernandes pra apresentar programas e a Cazé tv, colocando Laís Souza como comentarista de ginástica. Mas sem a transmissão dos jogos paralímpicos, essas ações se mostram meras alegorias.


Lembrando que, apesar do comitê paralímpico exigir exclusividade na transmissão via YouTube, se a Cazé Tv quisesse transmitir o evento, daria. A Cazé Tv é só uma marca, quem está por trás é uma empresa especializada na comercialização de direitos esportivos chamada "LiveMode". Então, daria para a Cazé Tv transmitir as paralimpíadas via outra plataforma de mídia, que não o YouTube. Foi falta de interesse mesmo.


Nem mesmo nossos queridos (ou não) influencers com deficiência foram incluídos nessa. Até onde eu sei, nenhuma "marca inclusiva" bancou a ida de nenhum influenciador para Paris, para acompanhar o evento in loco e produzir conteúdo. Tudo se resumiu a recebidos de produtos e kits. Sabe-se que o dono desse perfil, não morre de amores por influencers, pelo contrário, mas sejamos justos: Se as empresas bancaram uma penca de influencers para irem as olimpíadas, por que não fazer o mesmo em relação a paralimpíadas e influencers com deficiência? (a gente sabe a razão...)




Dito tudo isso ( vou até escrever em maiúscula),




NOSSOS PARATLETAS NÃO TEM NADA COM ESSAS MERDAS E MERECEM TODA NOSSA TORCIDA!


PAULO FABIÃO


 

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