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Foto do escritorGattorno Giaquinto

Caio Nessa Não, Fia!


Quero muito dizer pro mundo

aquilo que me tá engasgado

e que eu vou mesmo a fundo

com meu pobre coração rasgado

tendo sentimento profundo

pela besta quase fui fisgado

 


A moça que eu queria muito

e que me dizia estar apaixonado

tornou minha vida um defunto

de tanto que fiquei adoidado

mas me disseram no assunto

eu que não tomei cuidado

 

Ela que se dizia doce e donzela,

me deixou com o coração apertado

E bem que a danada era bela

me deixando como um condenado

chorando pelos cantos da viela

comentado por todo povoado

 

A tal da belezuda rapariga

que tanto me fez chorar

tava era prenha de barriga

por quem não quiz nem procurar

Pra ela não compro nem espiga

até na minha vida eu me aprumar


A mulher buxuda de outro macho

queria mesmo me enganar

êta mulher porreta, ô diacho

como um pato me enganar

vai não, leva embora seu buxo

outro trouxa a procurar


Pra dizer pro mundo este vexame

tive que tentar ser macho, visse

porque o povo pensava eu ser o pai

e eu disse nem morto, vixe

queriam obrigar eu num exame

eu só gritei "nem do carái.."

 


(Referência de Imagens: Freepik)

 

Gattorno Giaquinto

Desafio # 91/365: Cordel que é Cordel


1.Escreva um cordel que fale sobre a literatura de cordel;

2. Utilizar rimas e métricas características do cordel, mantendo a estrutura tradicional do gênero;

3. Mínimo de 4 estrofes.

A Literatura de Cordel é uma manifestação da cultura popular brasileira que teve origem no Nordeste. É composta por poemas escritos em linguagem popular, ricos em rimas e na perfeição métrica dos seus versos.


Originalmente, os poemas de cordel eram vendidos em feiras, onde ficavam à mostra da população pendurados em cordéis ou barbantes.


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