A criança que veio ao mundo, não tem tempo certo para aprender.
A jovem caminhou com passos incertos.
Nas incertezas, registrou sua voz.
Correu, cansou, divertiu-se, como mulher.
Mulher que traça seu caminho, mas que ainda tem olhar perdido, na linha reta.
Ainda à procura do descobrir, se redescobrir, se reencontrar.
Em tempo ido, não imaginou o quanto teria para aprender, e para ensinar.
Caminhou e caminha só.
Nas tardes de adolescente, só a maquiagem, base forte, rouge vermelho, importava.
Não era para si, mas para o menino que a interessava, que a olhe e a convide para dar um passeio pelo parque, (talvez a maquiagem não ajudasse, mas enfim era interessante tudo isso)
Valeu toda estrada esburacada por onde passou, todas as noites solitárias.
A jovem que você foi, ainda reside, resiste, no corpo maduro.
O desejo de viver é como a arte, é argila, que move, molda, respira.
Ainda existe uma menina nesse corpo.
A vida é arte.
Viver dentro de molduras maleáveis.
Midia do Wix: Silhueta de corpo pelo luar