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Foto do escritorZaira em Conexões

Desculpe, Foi Engano!

Fui à feira e perdi a cadeira! Era assim que brincava com as crianças na escola, ensinando matemática e rima. Naquela manhã de sábado, não foi diferente, fui à feira comprar frutas. Quantas comprei? Nenhuma! Não levou a carteira, o cartão e nem o celular? Não é nada disso! Vou te explicar!


Saí cedo de casa como de costume, já que o hábito faz o monge, deixei o carro do lado de fora só para não pagar o estacionamento, grana curta sabe como é. Peguei a sacola, os documentos e as chaves, fechei o carro e fui caminhando as duas quadras ladeira abaixo até chegar no grande espaço da feira do orgânico.


Assim que entrei com a lista na mão, vi um sujeito agachado do lado de uma das bancas, fuçando aonde eu presumia que não deveria mexer. Fui caminhando até lá, sem ele perceber, perguntei se ele podia me ajudar na escolha das bananas, ele me deixou no vácuo. Fiquei incrédula com aquela situação. Perguntei de novo e ele mais uma vez não me respondeu.


Resolvi andar pela feira para comprar os outros produtos e deixei as bananas para depois. Assim que coloquei todos os ovos na mesma cesta, voltei para a barraca das bananas. Cheguei perguntando para aquele homem se aquelas bananas eram prata ou nanica. A criatura me ignorou de novo. Eu fiquei sem entender. Fui julgando mentalmente, sem perceber que a minha estratégia de marketing estava ultrapassada, que a razão e a sensibilidade estava defasada diante da ignorância, até mesmo sem pensar que bananeira não dá pera.


De fato, depois de todas aquelas tentativas mal sucedidas de entendimento com o feirante, se aproximou um senhor calvo caminhando lentamente, entrou atrás da banca e me falou: poucas palavras, ouvidos moucos.


Saí de lá trazendo meus documentos, a sacola e as chaves. As bananas ficam para a próxima, já que quem tem vergonha não tem mágoa no coração.




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