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Foto do escritorGoretti Giaquinto

Quando Ler Traz Rios de Emoções

Atualizado: 16 de mai.


Uma mulher com um livro na mão, num cenário à beira doe um rio
Ler amplia horizontes (Imagem IA / DALL-E 3)

Livros, filmes, músicas. As histórias contadas através desses tipos de arte podem mudar vidas. Quem nunca saiu soluçando depois da morte do/a mocinho/a, ou do beijo de reconciliação? Ou teve vontade de bater no vilão da história? Ou ficou pensando na história por vários dias — muitas delas parecidas com as nossas?


Depois que alguém lê ou assiste algo e indica, fica mais fácil ler ou assistir. Mas o que agrada uns pode não agradar outros. Ou pode não ser apropriado para aquele momento. Fica pra depois, quando ler ou assistir não causará maior impacto do que se propõe.


Spoiler não é legal, como também ler ou assistir algo, sem ter uma noção da história, pode ser complicado. Ler ou assistir algo a partir de um comentário, de uma recomendação, pode ser interessante. Pode prender mais a atenção necessária para apreender melhor o conteúdo.


Indicações espontâneas de livros e de filmes são interessantes, porque não se prendem a estratégias de marketing — que são necessárias para vender, claro. No Brasil, e no mundo, o marketing é necessário para abrir portas. Em tudo.


Eu cheguei à autora Carla Madeira pelo fuzuê de um de seus livros — “Tudo é Rio”. Confesso que busquei ler o que estava causando bafafá de comentários, mas não tinha ideia do que o livro falava. Depois de conhecer essa autora me vi querendo escrever como ela.


Não parei nesse livro, fui ler os outros dois da mesma autora: “A Natureza da Mordida” e “Véspera”. Não consegui parar de ler os livros, de tão apaixonada pela maneira que a autora usa as palavras para descrever cada cena, trazendo as histórias com figuras de linguagem e conexões que tornam táteis e visuais as cenas retratadas.


Cada frase retrata emoções e sentimentos de uma forma palpável. Fica difícil o leitor não se envolver na história e torcer, sorrir, sofrer com as palavras que contam de uma forma tão explícita o que parece inexplicável, na realidade.


São três histórias que me encantaram, arrebatadas pela forma que a autora as conta. Na maneira que ela usou para separar e conectar os capítulos. As histórias têm força poética, mesmo na crueldade dos pensamentos e ações. Os personagens saltam aos olhos e emocionam, cada um com o que têm de melhor ou pior, mostrados com tal sensibilidade que deixa impossível a insensibilidade de quem lê. A dor transcende e arrebata. O amor surpreende. Os pensamentos se arrependem.


São três livros, três histórias que falam do silêncio que existe em nós, que se agiganta e fere. O que não é dito e cresce, afasta, paralisa, mata. As escolhas trazem consequências previstas ou imprevistas, e cada um tem essa possibilidade.

 

O sentimento, ao final de cada leitura, é de querer saber mais das histórias contadas, dos personagens. Cada qual com sua história, que nos revelam, também, as histórias que estão por trás de nós. Ficamos com a impressão de intimidade com cada um.


A leitura não traz palavras mais difíceis do que a autora traz de seus personagens — poucos, mas que se interligam e têm igual importância. O final sempre surpreende; mesmo sem agradar, é o que poderia ser diante dos fatos. Mas, sem spoiler. É resultante das escolhas imperfeitas, feitas.


Eu indico a leitura dos três livros, sem sombra de dúvida. E sem spoiler do que se passa neles.

(Criado no Canva Creative Studio)


 

Goretti Giaquinto

Desafio #116 de 365

Tema: Indica ou Não?

1.      Escolha um livro, filme ou série que tenha assistido

2.      Escreva uma resenha crítica de no mínimo 500 palavras sobre a obra escolhida, destacando pontos positivos e negativos, se se você indica ou não essa obra.

 

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