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Foto do escritorMilly Alves

Resenha "O Último Portal". A Difícil Profissão de Um Especialista em Livros Raros


Oi Moreeees! Hoje trago uma resenha de um filme que nem sabia que existia (logo eu, amante dos livros e do Johnny Deep) e que me levou madrugada a dentro netas últimas noite de frio.


"O Último Portal", filme com direção de Roman Polanski e um elenco que conta com Frank Langella, Lena Olin, Emmanuelle Seigner, James russo, Rebecca Pauly, entre outros, foi lançado em 2018 e é um filme que na maioria dos sites está avaliado de entre / regular e bom. Para mim, já digo que é um filme bem bom (não chega a ser ótimo).



É um thriller misterioso e envolvente que mergulha no mundo dos livros raros, onde a obsessão pelo conhecimento e o ocultismo se entrelaçam. Gente, na moral, depois dete filme fiquei pensando que de ter um monte de gente que coleciona livros de ocultismo, diabo, e coisas que não abriria nem uma página para ler quanto mais ter uma biblioteca em casa. Imagina se uma criança pega isso? Pior que faca.


A trama gira em torno de Dean Corso, interpretado por Depp (ai que calor), um especialista em livros raros, investigador e avaliador, cuja profissão exige um olhar apurado, conhecimento profundo e uma ética flexível — características que Corso exibe com maestria, além de um toque de cinismo e canalhice que eu amooooo.



Corso é contratado por Boris Balkan, um colecionador de livros ocultistas, para autenticar um exemplar raríssimo de um livro chamado " Os Nove Portais do Reino das Sombras" . Este livro é tipo um guia para invocar o próprio Satanás, escrito por Aristide Torchia, um impressor do século XVII que foi queimado na fogueira pela Inquisição. O filme dá a entender que o livro foi escrito pelo próprio satanás e, Torchia, reescreveu e imprimiu.


A missão de Corso é descobrir se o exemplar de Balkan é autêntico, comparando-o com os outros dois exemplares que sobraram depois de lá nos anos de 1600 queimarem todos os livros e o próprio, Torchia.


Aqui, vale um parênteses sobre uma profissão que quase nunca se fala. Corso não é apenas um conhecedor de livros, mas também um investigador de autenticidade, capaz de discernir a veracidade de obras antigas através de uma análise meticulosa de papel, tinta, encadernação e, claro, da história dos volumes. Seu trabalho, que mistura conhecimento acadêmico com uma perspicácia quase detetivesca, revela o lado mais fascinante e perigoso do mundo dos livros raros — um universo onde o valor de uma obra não está apenas em seu conteúdo, mas também em sua história, raridade e autenticidade.


Quem não ama saber o que tem por trás de cada livro, impressão, escritor?

Aí o filme segue e conforme Corso embarca nessa jornada, ele se vê cada vez mais enfiado (e cada vez mais gostando) desta trama sombria e sobrenatural. Cada encontro e cada descoberta parecem aproximá-lo de um mundo que ele, inicialmente, não estava muito disposto a acreditar. Tipo eu: fantasmas? Demônio? Até parece né?



Depp, sempre arrasando, consegue construir um personagem inicialmente cético e quase indiferente, que aos poucos é sugado pelo mistério e pela ameaça dos segredos que os livros guardam. A evolução do personagem de Depp é palpável; ele começa como um homem de negócios pragmático e safadinho, e se transforma em alguém profundamente envolvido, quase obcecado pelo misticismo do livro.


E o livro, Milly? Fala dele?


O livro dentro do filme é quase um personagem por si só. Supostamente, cada uma das suas ilustrações contém um código que, se decifrado corretamente, revelará o caminho para abrir um portal para o inferno (P*rr@...quemq uer isso gente?).





A narrativa utiliza o fascínio humano pelo proibido e pelo oculto para tecer uma história que, embora centrada em um artefato fictício, ressoa com as reais tradições de literatura esotérica e magia renascentista. Eu mesma, que não gosto nadinha disso, tinha que saber o final de tudo (em plena madrugada sozinha no sofá).


O filme não para. O tal do Corso, como investigador de livros, é forçado a decifrar esses códigos, confrontar colecionadores obsessivos e descobrir a verdade por trás das mortes que ocorrem ao redor dos exemplares restantes. É uma caçada que testa não só seu conhecimento, mas também sua sanidade e moralidade.


A autenticidade é um tema recorrente no filme além de ser um ponto de vista que poucas vezes (e digo poucas para não generalizar e falar que nunca) se abordou no cinema. Para Corso, autenticar um livro é mais do que uma verificação técnica; é uma busca pela verdade — tanto no mundo físico quanto no metafísico. Os desafios que ele enfrenta nos lembram do valor intrínseco do conhecimento e da história, e de como esses podem ser manipulados, distorcidos e até mesmo falsificados.


Deixando por um parágrafo o filme de lado, vale destacar como o papel de um especialista em livros raros vai além da simples avaliação monetária. Ele é, em certo sentido, um guardião da verdade histórica, um investigador que deve balancear seu amor pelo conhecimento com a tentação do poder e do lucro. A jornada de Corso é, portanto, um espelho da complexidade dessa profissão, onde o amor pela história e pela verdade pode ser facilmente ofuscado pela ganância e pela ambição.


Enfim, manas, manos e monas, "O Último Portal" é uma exploração sombria e intrigante do mundo dos livros raros e do ocultismo, onde Johnny Depp brilha como um investigador cínico, mas curioso, que é arrastado para um mistério muito além de seu controle. O filme é traz o holofote para à profissão dos especialistas em livros raros — um campo onde o conhecimento se encontra com o perigo, e onde cada livro é uma porta para algo desconhecido e possivelmente, proibido.


Nota 8/10 aqui pra mim. Indico demais separar 2 horinhas de uma noite escura para assistir.

Até a próxima Parceiras e parceiros.


Toda ocultistazinha,

Milly Alves


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