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Foto do escritorBob Wilson

Resenha: Um Tira da Pesada 4

Meu amigos dos anos 80, 90 e caros leitores e leitoras que me acompanham.


Normalmente, as resenhas de filme, séries e livros deste site ficam por conta da Milly Alves, porém, quando o assunto é Axel Foley, somente eu poderia escrever está resenha.




"Um Tira da Pesada 4", estreiou mundialmente ontem na NETFLIX, e quem não estava aguardando esta estréia roendo as unhas, só pode ser maluco ou nascido depois dos anos 2000.


Um tira da pesada é um clássico dos clássicos quando o assunto é comédia de ação. Axel Foley é um daqueles tiras que, hoje em dia, eu detesto. O cara até corre pelo certo, mas gosta de fazer justiça com as próprias mãos e não mede força e custos (público) para isso. Pra pegar o bandido é capaz de destruir uma cidade inteira. Na vida real, ficaria puto demais. Mas no filme, acho o máximo.



Eddie Murphy dominou as telas durante os anos 80 e 90 e "Um Tira da Pesada" nos fez rir e torcer para que ele destruísse toda Bervely Hills. 30 anos depois do último lançamento, cá estamos, em 2024, com o lançamento mundial de "Um Tira da Pesada 4" que não se trata de um retorno qualquer, mas sim um daqueles que trazem um toque de nostalgia, uma pitada de inovação, muita diversão e o mais engraçado e impulsivo detetive que o cinema já produziu.


A primeira trama de "Um Tira da Pesada" saiu em 1984 e suas sequências em 1987 e 1994. A história nem é tão boa no geral. O bom mesmo é o Eddie Murphy. Sabe quando um ator foi feito para o personagem? É este o caso. Se bem que, às vezes parece que o Eddie Murphy é o Axel Foley em todos os outros filmes que ele fez. Mas, isso é outra discussão e, para ser sincero, não acho ruim.


Sobre o filme, já adianto aqui a minha nota (parece que é o padrão em resenhas). NOTA 09/10

Não tem como negar que acertaram em cheio. Melhoraria um pouco o enredo? Sim. Melhoraria um pouco os efeitos? Sim. Mas, para quem decide fazer uma sequência de algo já consolidado, você não pode errar. O próprio Eddie falou em uma entrevista "Demorou muito para acontecer porque tínhamos feito três Um Tira da Pesada e eu gostei dos dois primeiros, mas não gostei do terceiro. Então eu pensei quando eles disseram vamos fazer outro. Eu estava tipo 'ugh, o terceiro é uma m*rda'. Não quero dizer uma m*rda, mas o terceiro não foi tão bom quanto os outros e não queria fazer outra m*rda. Então, só precisávamos ter o roteiro certo" (entrevista ao, AdoroCinema)


Bichão, o cara tá com 63 anos. Quando ele gravou o primeiro filme ele tinha 21. Pelo o que li e vi, ele não fez algumas cenas que normalmente gravaria sem duble. Mas... quem liga P*rr@!


Ainda assim, fez o principal. Boas sacadas de humor, tempo de piada, caras e bocas e trouxe toda a nostalgia para os trintões +.


O filme custou nada mais nada menos que míseros 150 milhões de dólares. Digo que foi bem gasto. Como já disse, alguns efeitos visuais deixaram a desejar. Mas sou exigente também. O que importa é que não se perdeu aquele charme dos anos 80 (sem ficar caricato).


As gravações ocorreram em 48 locais diferentes incluindo locais como as emblemáticas Detroit e Beverly Hills (principais locações das primeiras sequências). Uma curiosidade interessante é que algumas cenas foram filmadas em Vancouver, no Canadá, devido a incentivos fiscais.


O elenco é uma mistura de rostos familiares e novos talentos. Eddie Murphy, claro, está de volta como Axel Foley, Paul Reiser como Jeffrey Friedman, o superior esgotadíiissimo do Foley, Judge Reinhold como Billy Rosewood, o amante do Stallone com suas manias que foram mantidas nesta sequência, John Ashton como John Taggart, enfim, a maioria dos clássicos personagens estão lá. Mas, desta vez eles dividem a tela com novos personagens interpretados por Taylour Paige, que faz sua filha advogada e cheia de traumas por conta do pai, e Joseph Gordon-Levitt, como o detive Bobby Abbot, um colega policial e amante da filha do Foley com um toque de humor à la Thor.


O enredo, confesso que no início do filme pensei que daria 10 para essa sequência quando vi que não seria só mais um filme de ação. A adição da filha do Foley, que cresceu sem o pai que a mandou para Bervely Hills por segurança (já que Detroit era barra demais), é um prato cheio para os fãs de dramas familiares e comédias policiais. Axel Foley, agora mais velho e teoricamente mais sábio, enfrenta um dos maiores desafios de sua vida: a convivência com sua filha adolescente, Jane Foley (que até troca o nome para Jane Sanders por não querer se ligar ao pai). Jane, não está exatamente entusiasmada com a ideia do pai estar em Bervely Hills. Depois de anos sem se falarem é ela quem busca Foley na cadeia. Na moral, o Axel não é o pai do ano, mas, como ele mesmo tenta explicar no filme, às vezes, sua abordagem pouco ortodoxa na paternidade, era a única forma dele se aproximar e estar com a filha, que, de início nega que deu certo, mas ao longo do filme ela vai mostrando tudo o que o pai ensinou para ela.


Enfim, é uma história legal que corre em paralelo ao filme, mas cheguei a sonhar como seria se realmente se aprofundassem de fato. Ok Ok, é um filme de ação e comédia, e não drama, mas... poderia ter ficado bom!


As cenas entre Eddie Murphy e Taylour Paige são bem boas. Ela, de fato, parece a filha do lendário Axel Foley. A química entre os dois é palpável, e os diálogos misturam humor e ação de forma impecável. Em uma das cenas mais memoráveis, Axel tenta dar conselhos paternais para Jane enquanto ambos estão no meio de uma perseguição de carros. O resultado? Riso garantido e um leve aperto no coração.



A crítica mundial foi, em sua maioria, positiva. O Rotten Tomatoes, por exemplo, deu uma avaliação de 85%, enquanto o Metacritic registrou uma média de 80. Muitos críticos destacaram a habilidade do filme de equilibrar ação, humor e drama familiar. A performance de Eddie Murphy foi amplamente elogiada, especialmente por sua capacidade de trazer uma nova profundidade ao personagem Axel Foley. Como disse, acho que o drama familiar e essa profundidade poderiam ter sido maiores. Mas, isso é um sonho meu.


Mas, como bom cronista e amante dos anos 80, minha avaliação pessoal é um sólido 9 de 10. Claro, o filme não é perfeito. Tem seus momentos previsíveis e alguns clichês, mas, sinceramente, quem se importa? Estamos falando de "Um Tira da Pesada"! É para rir, se divertir e, por que não, derramar uma lágrima ou duas.


"Um Tira da Pesada 4" é um presente para os fãs de longa data e uma excelente introdução para a nova geração. Com um enredo envolvente, atuações fortes e uma dose saudável de nostalgia, o filme nos lembra por que Axel Foley se tornou um ícone do cinema. Então, pegue sua pipoca, desligue seu celular e prepare-se para uma viagem inesquecível com um dos detetives mais amados de todos os tempos.




Maratonando, Um Tira da Pesada,

Bob Wilson

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